Sete Meses

 Empolgação.

Nova área.

"Mãe meio período"

Doença.

Tratamento.

Vida.

Bad.

Noivado.

Trabalho, trabalho, tabalho.

Burnout.

Leitura salva.

Fé.

Esperança.

Empolgação.

Nota Mental

Feliz em encontrar novos caminhos na fisioterapia. Sinto-me animada em tentar algo fora da caixa, fora das linhas tradicionais ensinadas na faculdade. Acredito que coisas incríveis serão realizadas a partir de deste ponto, desta decisão. Eu permito que o futuro se manifeste da melhor forma possível.

6 dicas sobre Trabalho de Conclusão de Curso, o temido TCC

    Se você está em processo de produção de TCC, solta ele um pouquinho e vem conversar comigo. Se você já passou por isso senta aqui pra trocar uma ideia com a gente, vai ser legal. E relaxa, esse não será um texto com referências e um super embasamento cientifico. Não quero te pilhar com normas, referências ou regras, vem de boa. Na verdade serão algumas reflexões, pensamentos que estou deixando livre, uma carta aberta por assim dizer e você, caro leitor, pode concordar ou não com o que virá.

    Já fiz mais TCCs do que gostaria, tanto próprios, quanto ajudando em construções. Produzi publicações de capítulos de livros, artigos, resumos, amo ler e escrever. E não, não tô "ostentando" para que você se sinta mal. Você pode achar que é fácil para mim, a julgar pelo conteúdo dessa página, mas olha, não é fácil. Eu sofro! >.<

    Eu achava que era só escrever sobre algo que achava interessante, que os quanto mais fizesse trabalhos, mais fácil seria e que bastava sentar e escrever. Nada disso! Tudo que queria escrever tinha que ter referência e acho cansativo, pois meu instinto criativo dizia uma coisa e as normas outra. Já passou por isso?

    Mas, lembre, o TCC não chega por acaso ou do nada na nossa porta. Ele vem atrelado a conclusão da sua graduação ou daquela pós que você queria e é por isso que sentimos uma responsabilidade tão grande nele. 

    Sim, é importante. Sim, merece nossa dedicação. Não, não preciso pirar no processo. "Ah, você esta falando isso só porque já passou", você pode pensar. É verdade, já passei e estou passando de novo, travada em mais um projeto, então quis aproveitar o tempo "livre" para dar algumas dicas que eu gostaria de ter encontrado lááá atrás, antes mesmo de começar. Bora?


1. Encontre uma referência para caminhar junto

     Um orientador que participe, um amigo que queime os neurônios com você, um colega com alinhamento de ideias e interesses. Isso ajuda muuuuito no momento do trabalho que a gente se sente perdido e querendo desistir. Essa pessoa vai segurar seus ombros, olhar nos seus olhos e dizer "meu anjo, respira, a gente vai dar um jeito". E isso muda tudo! <3

2. Planejamento é tudo!

    Leia muito, sobre tudo mesmo, leia artigos, converse com professores e outros profissionais. Isso te deixa aberto à ideias e a aguça a criatividade. Assim fica mais fácil direcionar sua atenção na escolha da sua linha de pesquisa até o tema central do seu artigo. Desse modo você consegue montar um banco de dados sem aperreio e com nitidez.

2. Respeite seu tempo e viva também

    Respire, descanse de vez em quando, ouça suas necessidades. Não adianta passar dias e dias lendo a mesma coisa, "espremendo os neurônio". Faça pausas, assista um filme, tome um café, beba água!

3. Não seja orgulhoso

    Não tá dando conta? Tá dando tudo errado? Travou? Peça ajuda! Não é demérito nenhum contar com apoio. A gente não tem que se virar sempre só, até porque, provavelmente sua vida conta com outras demandas e você tem que dar conta de tudo. As vezes pesa muito, então fale, ok?! Aposto que tem alguém que pode te ajudar a pesquisar, escrever ou distrair de tudo isso.

4. Feito é melhor que perfeito

    Não precisa trazer a mais nova descoberta da ciência, não precisa produzir um artigo pioneiro que mudará todo o rumo da academia cientifica daqui para frente. não coloque pesos alem do que ja tem. Foque em fazer um trabalho coerente, sem plagio, dentro nas normas de linguagem culta e técnicas. Sem enfeite. Tente fazer o seu melhor dentro das suas possibilidades. Isso já será incrível.

5. Faça algo que se orgulhe e goste no fim das contas 

     Quando isso passar (e vai passar) você terá um trabalho lindinho, sentirá alegria e orgulho de ter concluído, ter conseguido superar os desafios. Escolha um tema que valha a pena se dedicar tanto a saber, algo que você se sinta grato por ter se esforçado.

6. Viva! 

    Antes, durante e a após seu TCC, não viva só para ele, esteja no aqui e ano agora. Aproveite a vida enquanto faz seu trabalho. A gente tem mania de usar frases como "Só saio de casa depois do TCC", ""não posso por causa do TCC" ou ainda "esse trabalho tá acabando com meu juízo".


Não sei se te contaram, mas sim, existe vida após o TCC e ela é boa! Não se desespere no caminhar mas continue caminhando. Lembre que ele esta ligado a algo que você quis muito por algum tempo e dedicou tempo, dinheiro, abdicou de momentos. Ele é uma etapa de um processo bem mais longo que você já superou. Você consegue!

Espero que a leitura tenha de alguma forma te abraçado, inspirado ou ter feito uma boa companhia. Você vai concluir. Você vai destravar. Você vai festejar não ter desistido. Fique bem!

Exame Físico

Há um tempo escrevi um pouco sobre a anamnese e os principais pontos a pontuar (se você não leu, clica aqui). Hoje quero falar sobre outra parte suuuuuper importante na nossa avaliação fisioterapêutica: o exame físico.

Quando começa a nossa avaliação física, depois da anamnese? NÃO! Começa ANTES da anamnese, começa ali, na chegada do paciente. Então a primeira dica é: não espere sentado atrás de sua mesa, busque seu paciente na porta/recepção e observe! Veja a expressão facial, postura, marcha... isso será um diferencial.

Então você busca seu paciente, observa, faz anamnese... e agora? Exame físico oficial (aquele que você anuncia para o paciente/cliente).


1. Inspeção (= OLHAR)

a.       Geral

b.       Específica

c.       Estática

d.       Dinâmica

Alguns exemplos do que pode ser observado:

- Postura adotada

- Alterações tróficas

- Faces (anterior, posterior e perfil)

- Sinais flogísticos

- Incisões cirúrgicas

- Deformidades


2. Sinais vitais

- Pressão arterial (PA)

- Temperatura (T)

- Frequência Cardíaca (FC)

- Frequência respiratória (FR)

- Saturação (SpO²)

Dica de amiga: Não negligencie essa avaliação. De acordo com os antecedentes patológicos do paciente e do seu atendimento especificamente, ela deve ser diária e deve constar em suas anotações/evoluções.

 

3.  Palpação

- Viu edema na inspeção? Aqui você verifica cacifo. 

- Observou trofismo reduzido? Aqui você verifica tônus. 

- Viu uma cicatriz cirúrgica? Aqui você verifica a condição do tecido, se há aderências. 

Pegou a visão né?! Não existe avaliação fisioterapêutica sem toque (respeitoso e ético, viu?!). 


Considerações finais

Esse é um roteiro sugestivo básico, dependendo do seu tipo de atendimento, queixa do paciente, especialização a avaliação pode mudar, sendo mais direcionada e especifica, isto é, o fisioterapeuta que atende atletas de alto rendimento tem um olhar diferente ao avaliar se comparado a um fisioterapeuta que atua em UTI-adulto. O mesmo vale para cada área que podemos atual, então se seu coração bate mais forte por uma área, pratique seu olhar clinico para isso.

Outra coisa, o paciente é um todo certo? Separamos em três tópicos para facilitar o entendimento, mas na realidade tudo é bem dinâmico, ou seja, enquanto eu observo eu já posso palpar, pedir movimento para verificar ritmo por exemplo, entende?

E por fim e não menos importante: Sejam sensíveis e humanos com quem está ali na sua frente. Não seja aquele profissional robotizado. Acredito no seu potencial! 


Gostou desse artigo? Ficou com dúvida? Me conta!

Juramento Fisioterapia

Quando nos formamos, além de vestir uma beca, pegar o diploma e tirar um milhão de fotos para atualizar as redes sociais, temos que fazer também um juramento. Ele representa um compromisso assumido ali, um verdadeiro casamento com a profissão, diante de várias testemunhas. Gosto de relembrar, vez ou outra, e assim reafirmo em mim o quanto amo e honro a escolha que fiz há alguns anos. Dessa vez, deixarei salvo aqui, para quem mais possa se inspirar e alegrar e também para facilitar minha busca futuramente. Segue na íntegra:  

Juro, por Deus e minha família, diante de meus mestres que me dedicarei à Fisioterapia com honra dignidade, respeitando a vida humana desde a concepção até a morte, jamais cooperando em ato que voluntariamente se atente contra ela, ou que coloque em risco a integridade física, psíquica e social do ser humano; dispondo todo meu conhecimento, talento e inteligência para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Repassarei meus conhecimentos sempre que se fizer necessário e agirei com humildade e honestidade.
Assim, eu juro.

Reiki

Reiki é uma prática terapêutica que utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital, visando promover o equilíbrio energético necessário ao bem estar físico e mental. 

Entrou para o rol de práticas integrativas reconhecidas pelo ministério da saúde através da portaria ministerial GM 849/2017.

A definição que mais gosto diz “Reiki é um meio de expressar amor através da energia universal. Amor por nós mesmos e pelo próximo.”

Sou reikiana desde 2018 e a prática me surgiu, inicialmente, como uma curiosidade e intenção de prática para ofício. No entanto logo percebi que, na verdade, ela era antes de qualquer coisa, um presente para mim mesma. 

O reiki me veio num momento da vida em que eu me sentia “sugada pelo trabalho”, mentalmente cansada e quase sempre estressada. Realizar auto aplicação diária, conhecer os 5 princípios do reiki (esses descritos na foto. Repito várias vezes por dia e acaba se tornando mais fácil encarar minhas ações diárias) foi uma experiência de muito crescimento e só sinto amor por essa prática.

O reiki pode ser aplicado presencialmente ou à distância, vários profissionais têm feito envios semanais, são ótimas oportunidades para conhecer e receber essa energia!

Tem dúvidas? Quer saber mais sobre o reiki? Comenta aqui!
Acha que mais alguém gostaria de conhecer essa terapia? Envia para elx!

MTC/acupuntura



A medicina tradicional chinesa (MTC) caracteriza-se por um sistema médico integrado originado a milhares de anos na China. Utiliza linguagem que relata simbolicamente as leis da natureza e que valoriza a inter-relação harmônicas entre as partes visando a integridade.

Como fundamento, aponta a teoria do yin-yang , divisão do mundo em duas forças ou princípios fundamentais . O objetivo desse conhecimento é obter meios de equilibrar essa dualidade. 

Pin em AcupunturaTambém inclui a teoria dos cinco movimentos, que atribui a todas as coisas e fenômenos, na natureza, assim como no corpo, uma das cinco energias (madeira, fogo, terral, metal e água).

Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e da língua e suas várias modalidades de tratamento (acupuntura, plantas medicinais, dietoterapia, práticas corporais e mentais). 

A acupuntura é uma tecnologia de intervenção de saúde que aborda de modo integral e dinâmico o processo saúde-doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos. 

Originária da MTC, a acupuntura compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por meio de inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como para a prevenção de agravos. 

Símbolos Alternativos Da Medicina Chinesa E Do Tratamento ...A partir do século XX, a acupuntura foi assumida pela medicina contemporânea e, graças graças às pesquisas científicas, seus efeitos terapêuticos foram reconhecidos e têm sido paulatinamente explicados em trabalhos científicos publicados em respeitadas revistas científicas.

Admite-se atualmente que a estimulação de pontos de acupuntura provoque a liberação, no sistema nervoso central, de neurotransmissores e outras substâncias responsáveis pelas repostas de promoção de analgesia, restauração de funções orgânicas e modulação imunitária. 

A MTC inclui ainda práticas corporais (lian gong, chi gong, tuina, taí chi chuan); práticas mentais (meditação); orientação alimentar; e uso de plantas medicinais (fitoterapia tradicional chinesa) relacionadas à prevenção de agravos e doenças, promoção e recuperação da saúde.

No Brasil, a acupuntura foi introduzida há cerca de 40 anos.

Massoterapia ayurvédica


Massagem ayurvédica: conheça essa terapia milenar - Tudo Ela

A massagem ayurvédica faz parte da milenar e tradicional medicina Ayurvedica.  Conceitualmente a massagem ayurvédica é uma técnica de massagem profunda que alia movimentações vigorosas em toda massa muscular junto com manobras de tração e alongamento, além da estimulação de pontos e órgãos vitais, visando equilíbrio físico, mental, psíquico, energético e espiritual. 

A massagem ayurvédica é recomendada como terapia complementar a outros tratamentos e principalmente como relaxamento e manutenção de saúde, sendo benéfica como terapia auxiliar na recuperação dê problemas físicos, doenças de desordem psíquicas e espirituais. No entanto, não deve ser realizada em pessoas com câncer, hipertensão descompensada ou gestante.

Para realizar a massagem utiliza-se óleo vegetal (semente de uva, girassol, amêndoas doce, gergelim) aquecido podendo acreditar ainda óleo essencial (de acordo com indicação para o paciente).

E aí, ficou curiosa(o)? Vamos agendar sua sessão!

Dia Nacional do Portador de Doença de Parkinson


Oi pessoas!
Sabiam que hoje, (04.04) é o dia nacional do Portador de Doença de Parkinson (DP)? 
O que podemos fazer quanto fisioterapeutas e terapeutas integrativos?

A doença de Parkinson trata-se de uma enfermidade crônica e progressiva do sistema nervoso, caracterizada por sinais de rigidez, bradicinesia, tremor e instabilidade postural. Além disso pode apresentar outros sintomas, como perturbações do movimento e da marcha, há alterações sensoriais, distúrbio da fala, voz e deglutição e mudanças cognitivas e comportamentais.
Fatores predisponentes à doença, como os fatores genéticos e ambientais, têm sido descritos, porém não há evidências convincentes de que estes sejam os responsáveis.
Os objetivos para intervenção fisioterapêutica variam de acordo com as necessidades da pessoa com doença de parkinson, verificadas na avaliação, mas podem incluir: reduzir tônus, inibir padrão patológico, manter ADM, fortalecer MMII, melhorar equilíbrio e propriocepção, melhorar marcha.
Além disso, é preciso considerar a individualidade de cada pessoa com a doença, uma vez que os significados dos diferentes sintomas motores e não motores influenciam de forma específica cada indivíduo, já que se trata de uma condição que afeta a parte motora, o psicológico, a interação com a família e sociedade.
Neste cenário as práticas integrativas e complementares em saúde podem somar positivamente ao tratamento multiprofissional, como mostram evidências científicas recentes, apontando-as como uma importante estratégia do cuidado na doença de Parkinson, contribuindo, por exemplo, com melhora da memória, do humor e da fadiga (cannabis), redução de cortisol e melhora no sono (massoterapia e tai chi chuan - MTC) e melhoria dos tremores (musicoterapia e meditação). 


Vale lembrar que existem várias outras PICS que podem ser utilizadas, citei alguns rápidos exemplos. 


Referências Bibliográficas:
  • DE SOUSA MOREIRA, Jorge Lucas et al. PRÁTICAS INTEGRATIVAS EM SAÚDE NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, v. 8, n. 1, p. 445-460, 2020.
  • O'SULLIVAN, Susan B.; SCHIMITZ, Thomas J.. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 5ª.ed. Barueri: Manole, 2010.
  • PIERUCCINI-FARIA, F. et al. Parâmetros cinemáticos da marcha com obstáculos em idosos com doença de Parkinson, com e sem efeito da levodopa: um estudo piloto. Brazilian Journal of Physical Therapy, v. 10, n. 2, p. 233-239, 2006.
  • RODRIGUES-DE-PAULA, Fátima et al. Exercício aeróbio e fortalecimento muscular melhoram o desempenho funcional na doença de Parkinson. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 3, p. 379-388, 2011.







"Vou pedir licença pra contar a minha história..."

(Nordestinos lerão o título no ritmo da música)

Há muito tempo não escrevo aqui e, desde a última publicação, muita coisa mudou. Quando comecei a escrever neste espaço, estava na metade de minha graduação em Fisioterapia e tudo aconteceu de forma bem despretensiosa, tomando proporções de alcance que nunca imaginei.
Terminei a faculdade no primeiro semestre de 2015, fiz alguns cursos, voltei para minha cidade, abri um consultório e comecei uma pós graduação em osteopatia.
O meu universo se abriu, tendo contato com práticas manuais e manipulativas. Juntando isso e o amor por atenção básica, comecei a residência em Atenção Básica/Saúde da Família e Comunidade.
Nesta residência conheci as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), e um novo amor surgiu em minha vida. As PICS e atenção básica me proporcionam uma forma mais ampla de olhar para o sujeito no processo de saúde-doença, para a comunidade e necessidades da população.
Hoje, estou formada há quase 5 anos e atuo na fisioterapia com ênfase nas terapias manipulativas e PICS.
Agora me proponho a escrever, ainda, resumos para ajudar estudantes nas disciplinas tradicionais da fisioterapia, mas também para as formas de atuação e experiências que adquiri ao longo dessa caminhada.
Espero que voltem sempre. Eu estarei aqui, com uma forma diferente, da apresentada até então, de levar informações sobre fisioterapia, bem estar e atenção básica.