Exame Físico

Há um tempo escrevi um pouco sobre a anamnese e os principais pontos a pontuar (se você não leu, clica aqui). Hoje quero falar sobre outra parte suuuuuper importante na nossa avaliação fisioterapêutica: o exame físico.

Quando começa a nossa avaliação física, depois da anamnese? NÃO! Começa ANTES da anamnese, começa ali, na chegada do paciente. Então a primeira dica é: não espere sentado atrás de sua mesa, busque seu paciente na porta/recepção e observe! Veja a expressão facial, postura, marcha... isso será um diferencial.

Então você busca seu paciente, observa, faz anamnese... e agora? Exame físico oficial (aquele que você anuncia para o paciente/cliente).


1. Inspeção (= OLHAR)

a.       Geral

b.       Específica

c.       Estática

d.       Dinâmica

Alguns exemplos do que pode ser observado:

- Postura adotada

- Alterações tróficas

- Faces (anterior, posterior e perfil)

- Sinais flogísticos

- Incisões cirúrgicas

- Deformidades


2. Sinais vitais

- Pressão arterial (PA)

- Temperatura (T)

- Frequência Cardíaca (FC)

- Frequência respiratória (FR)

- Saturação (SpO²)

Dica de amiga: Não negligencie essa avaliação. De acordo com os antecedentes patológicos do paciente e do seu atendimento especificamente, ela deve ser diária e deve constar em suas anotações/evoluções.

 

3.  Palpação

- Viu edema na inspeção? Aqui você verifica cacifo. 

- Observou trofismo reduzido? Aqui você verifica tônus. 

- Viu uma cicatriz cirúrgica? Aqui você verifica a condição do tecido, se há aderências. 

Pegou a visão né?! Não existe avaliação fisioterapêutica sem toque (respeitoso e ético, viu?!). 


Considerações finais

Esse é um roteiro sugestivo básico, dependendo do seu tipo de atendimento, queixa do paciente, especialização a avaliação pode mudar, sendo mais direcionada e especifica, isto é, o fisioterapeuta que atende atletas de alto rendimento tem um olhar diferente ao avaliar se comparado a um fisioterapeuta que atua em UTI-adulto. O mesmo vale para cada área que podemos atual, então se seu coração bate mais forte por uma área, pratique seu olhar clinico para isso.

Outra coisa, o paciente é um todo certo? Separamos em três tópicos para facilitar o entendimento, mas na realidade tudo é bem dinâmico, ou seja, enquanto eu observo eu já posso palpar, pedir movimento para verificar ritmo por exemplo, entende?

E por fim e não menos importante: Sejam sensíveis e humanos com quem está ali na sua frente. Não seja aquele profissional robotizado. Acredito no seu potencial! 


Gostou desse artigo? Ficou com dúvida? Me conta!