Como não se encantar com a fisio? + Suit Terapia


Fico encantada ao ver em como a fisioterapia intervém e nas modificações que ela pode fazer na vida de uma pessoa e de todos que estão ao seu redor. É simplesmente lindo e me orgulha fazer parte disso. Cada obrigado que escuto, cada sorriso que recebo de um paciente, ou de uma mãe, é gratificante e compensa todas as horas de estudos. :D

Mas, mudando um pouco de assunto... Reparem na roupa que o garoto usa no início do vídeo. Trata-se de um novo tipo de terapia.Suit Terapia é a fisioterapia que utiliza uma vestimenta macia e dinâmica que consiste em chapéu, colete, calção, joelheiras e calçados adaptados interligados por bandas elásticas. Estas bandas têm a finalidade de melhorar o alinhamento do corpo e descarga de peso por meio de um recrutamento muscular de maior qualidade. A Suit terapia é utilizada na terapia intensiva que consiste em 4 horas de fisioterapia diária, 5 dias na semana por 4 semanas, totalizando 80 horas de fisioterapia em um único mês. O objetivo maior é aproveitar a plasticidade cerebral e conseguir enviar de forma repetida e contínua, informações corretas ao cérebro, para que este possa se organizar e enviar respostas de movimentos mais funcionais. 
Esta “roupa” tipo órtese dinâmica foi adaptada da vestimenta original desenvolvida pelo programa espacial da Russia em 1971 chamada de Penguin Suit, criada para neutralizar os efeitos nocivos da ausência de gravidade sobre o corpo associada a diminuição de movimento dos astronautas. Cientistas perceberam então, que o corpo de pacientes com disfunções motoras sofrem do mesmo prejuízo, uma vez que não possuem força muscular adequada para vencer as forças da gravidade causando maior enfraquecimento muscular e também ósseo. 

Fortalecimento do CPL de Quadril em Lesões dos Membros Inferiores



Fortalecimento do CPL de Quadril em Lesões dos Membros Inferiores - Aula ministrada pelo prof. Dr. Thiago Fukuda no VI Congresso Internacional de Fisioterapia Manual - 2014 - João Pessoa.

O símbolo da Fisioterapia

*Publicado originalmente no blog O GUIA DO FISIOTERAPEUTA, visite o blog clicando aqui.*

(...)
Vale um detalhe histórico: O símbolo brasileiro foi inicialmente elaborado pelo fisioterapeuta Carlos Alberto Esteu Tribuzy, em 1965, e era ligeiramente diferente da atual. (acesse este link e saiba mais) O símbolo da fisioterapia, nos padrões que conhecemos hoje, foi definido em fevereiro de 2002, e é basicamente composto por duas serpentes entrelaçadas em espiral em volta de um raio. Vale notar que esta imagem está inserida em uma moldura, mais exatamente um camafeu de fundo branco.

Agora vamos a simbologia desta imagem:

Duas serpentes verdes entrelaçadas:De forma geral, a serpente representa o poder, a ciência, a sabedoria e a transmissão do conhecimento compreendido de forma sábia. Também é um símbolo da cura porque periodicamente abandona sua pele velha e aparentemente renasce, da mesma forma que os médicos removem a doença dos corpos e rejuvenescem os homens, e além disso, a serpente é um símbolo de atenção concentrada, o que era requerido dos curadores. A serpente é um símbolo que acompanha todas as divindades médicas.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/contagio/contagio-5.php

O símbolo das duas serpentes, a direita e a esquerda, são de aspecto simbólico com o diurno e o noturno, o benéfico e o maléfico. Elas simbolizam o equilíbrio das tendências contrárias em torno do eixo do mundo.
A simetria bilateral, como a balança de Libra, expressa sempre a mesma idéia de equilíbrio ativo, de forças adversárias que se contrapõem para dar lugar a uma forma estática e superior. Destaca-se a ambivalência no aspecto duplo da cura e da ameaça, lembrando a grande máxima médica, de Hipócrates, “Primo non nocere”, ou seja, primeiro não lesar.
Fontes:
http://www.cafeesaude.com.br/medicina_artigo.htm
http://www.uefs.br/portal/colegiados/contabilidade/menus/simbolos-da-contabilidade

Diz a mitologia grega que Asclépio (deus da medicina e da cura) , filho de Apolo e da ninfa Coronide, fora adotado e criado pelo Centauro Quíron, que ensinou-lhe a arte da cura.
Asclépio, dotado de invulgares capacidades (e nomeadamente de sentido de observação), cedo superou o seu mestre em matéria de conhecimentos médicos.
"Certo dia uma serpente surgiu-lhe no caminho, enrolando-se na vara que ele [empunhava]. Asclépio deitou-a por terra e matou o animal. Acontece que, miraculosamente, apareceu uma segunda serpente. Esta trazia na sua boca uma certa planta, com a qual ressucitou o réptil morto. Este acontecimento, carregado de simbolismo, foi para Asclépio uma revelação. A revelação das virtudes medicinais. E assim, encontramos aqui a origem do caduceu (duas serpentes enroladas à volta de uma vara), que se tornou no emblema do corpo médico"
Fonte: http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos2.html


Para enriquecer um pouco mais nossos conhecimentos sobre mitologia, segue abaixo a gentil colaboração do colega fisioterapeuta Geraldo Barbosa, do Blog 14-F
Asclépio foi sumariamente eliminado por Júpiter, atendendo pedido de Hades. Para isso Júpiter utilizou RAIOS forjados pelos Ciclopes. Após sua morte Asclépio é recebido como um deus no Olimpo, passando a partir de então a ser visto nas noites do hemisfério boreal, sob a forma de uma constelação denominada Ofiúcio ou Serpentário.
Certa vez, atravessou o Mediterrâneo no formato de uma enorme serpente, ao ser invocado pelos habitantes da península itálica assolada por uma epidemia que vitimava grande número de pessoas. Lá chegando, o mal se dissipou, ficando a população agradecida pelo feito. Devido a essa forma de se revelar aos humanos são emblemáticas as representações do deus com volteios colubrinos, como uma serpente enlaçada em um bastão ou duas serpentes entrelaçadas nesse mesmo tipo de objeto.

- Segundo estudiosos da mitologia greco-romana, um erro de interpretação ocorrido na Idade Média, confundiu o símbolo de Asclépio com o Caduceu de Mercúrio, emblema da paz, da prosperidade e do comércio. O deus Mercúrio levava nas mãos um bastão com duas sepentes entrelaçadas - O CADUCEU - e com ele agilmente conduzia as almas nos infernos e fazia cessar os ventos.

- Na minha interpretação, que é pessoal e passivel de censura, a Fisioterapia no Brasil está representada oficialmente por um raio com duas serpentes verdes entrelaçadas e incrustadas num camafeu de fundo branco, proporcionando um impacto visual de grande força, movimento contido e de rara beleza. Nele as serpentes se confrontam e apesar disso permanecem estáticas diante do RAIO CICLÒPICO (Lembram da morte de Asclépio?), enigmático em sua dualidade, pois ao mesmo tempo é mortífero e potencialmente recuperador da ação do movimento humano, figurando como símbolo da eletrotermoterapia.

Fonte: Herdeiros de Esculápio - história e organização profissional da Fisioterapia - Livro que publiquei no ano passado

Raio:
Desde a antiguidade os raios são vistos como uma manifestação do poder divino. Seu efeito pode ser “benéfico” enquanto luz e força, ou “maléfico” como aniquilador e destrutivo. Mais uma vez encontramos aqui uma referência ao equilíbrio entre opostos.
Segundo o fisioterapeuta Carlos Alberto Esteu Tribuzy, idealizador do símbolo de nossa profissão:
“O raio, com seu brilho intenso, é uma forma, utilizada desde a antiguidade para transmitir e identificar, de forma consciente, os valores e práticas corretas de vida'.

CamafeuA palavra ‘camafeu’ provavelmente origina-se do latim cammaeus, que quer dizer pedra entalhada ou esculpida. Trata-se de um item da joalheria e não sei se tem algum simbolismo especial envolvido.

Atuação do Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Originalmente publicado no site Assobrafir. Link da publicação aqui
I. O que é uma Unidade de Terapia Intensiva?
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se como um local para o adequado tratamento dos indivíduos que possuem um distúrbio clínico importante. Neste local existe um sistema de monitorização contínua que permite o rápido tratamento para os pacientes graves ou que apresentam uma descompensação de um ou mais sistemas orgânicos. A equipe que atua e presta atendimento neste local é multiprofissional, e é constituída por: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas cardiorrespiratórios, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
II. Qual o papel do fisioterapeuta na UTI?
A fisioterapia aplicada na UTI tem uma visão geral do paciente, pois atua de maneira complexa no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória. É fundamental que as vias aéreas estejam sem secreção e os músculos respiratórios funcionem adequadamente. A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. Ela também atua na otimização (melhora) do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases que entram e saem dos pulmões e dos aparelhos que são utilizados para que os pacientes respirem melhor. O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão.
III. Quais recursos o fisioterapeuta utiliza nas UTIs?
O fisioterapeuta utiliza técnicas, recursos e exercícios terapeuticos em diferentes fases do tratamento, sendo necessário para alcançar uma melhor efetividade a aplicação do conhecimento e das condições clínicas do paciente. Assim, um plano de tratamento condizente é organizado e aplicado de acordo com as necessidades atuais dos pacientes, como o posicionamento no leito, técnicas de facilitação da remoção de secreções pulmonares, técnicas de reexpansão pulmonar,técnicas de treinamento muscular, aplicação de métodos de ventilação não invasiva, exercícios respiratórios e músculo-esqueléticos.
IV. Qual vantagem de ter o fisioterapeuta dentro da equipe multidisciplinar?
A presença do especialista em fisioterapia cardiorrespiratória é uma das recomendações básicas de todas as UTIs. O trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório, reduz o sofrimento dos pacientes e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também diminuiu os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTIs implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde num geral.



Contribuição das Unidades Regionais ASSOBRAFIR MG e RJ
*Imagens retiradas, mas disponíveis na publicação original*

Por que andar de ônibus faz bem ao seu caráter

Gente, achei esse texto  pela net há algum tempo e resolvei compartilhar por aqui. Eu, como uma usuária assídua dos busões da vida, concordo em gênero, número e grau com cada palavra da Fernanda Paiva. O texto foi publicado no blog Fernandices em 19 de setembro de 2012. Aqui está ele na íntegra:

"Não confie completamente em uma pessoa que nunca andou de ônibus. Não importa se hoje você tem um Camaro Amarelo (e é doce doce doce), se você já andou de ônibus em uma fase de sua vida, você não é a mesma pessoa. Digo mais: ainda que você tenha condições de comprar um Porsche para o seu filho quando ele fizer 18 anos, permita que ele passe ainda que poucos meses andando de ‘busão’. É que, para mim, este meio de transporte forma nosso caráter como chinelada nenhuma consegue fazer. Explico nos pontos seguintes.
 

1) Paciência

Tudo começa no processo de espera. Você se vê encostado na parada de ônibus esperando pela boa vontade do mesmo. Você até já decorou o horário que o “seu” ônibus passa. Mas se o motorista resolver pisar forte no acelerador e passar 3 minutos antes, só resta a você esperar mais 45 minutos pelo próximo. 

2) Lidar com a humilhação

Vem ao longe o ônibus. Você reconhece no letreiro luminoso que é o SEU ônibus. Seu coração acelera. Você corre atrás dele como o Super Mario corre atrás da Princesa. Ele se aproxima e você percebe que o condutor não diminuiu a velocidade. Por algum motivo, o motorista passou direto com direito a um sorriso maroto, apontando para um suposto ônibus que vem atrás. Você fica com cara de tacho e a mão apontando para o nada. 

3) Respeito às diferenças

Quando o “ônibus de trás” finalmente chega após 23 minutos, é claro que ele estará parcial ou totalmente lotado. Você se depara com um misto de sons e batuques, pessoas do Manassés pedindo doação, menino vendendo balinha e o cobrador com o humor pior do que o de um siri na lata. Você toca, ainda que não queira, pessoas que você jamais tocaria na zona de conforto de seu carro. Você é obrigado a lidar com gente diferente, sentar ao lado delas e até puxar assunto sobre “como o tempo hoje está quente”. Enfim: você deixa de lado seu ego e deixa de tanta frescura. 

4) Altruísmo

Ainda que contra sua própria vontade, as Leis da Ética de Ônibus™ ‏dizem que você deve ceder seu lugar aos mais velhos e se oferecer para segurar os livros do estudante de ensino médio do cabelo esquisito que está em pé ao seu lado. Resumindo: você aprende NA MARRA a ser gente boa. 

5) Capacidade cognitiva e filosófica
Janela de ônibus é praticamente a janela de sua alma. Não existe um lugar melhor para refletir sobre sua vida e colocar os pensamentos em ordem. Nem seu travesseiro; nem montes no Himalaia. Você acaba encontrando soluções para seus problemas, resolvendo cálculos complexos e tendo a ideia que faltou naquele brainstorm da reunião. Ou seja, de certa forma você se torna mais inteligente.
 

6) Educação

É no ônibus que você coloca em prática as palavras mágicas que sua mãe ensinou: “obrigado” (para o motorista, na hora de descer), “por favor” (a Deus, para que seu ônibus não demore tanto – todo dia peço isso a Ele) e principalmente o “COM LICENÇA” (por motivos óbvios). Ou seja: 1 ano de estágio probatório pegando ônibus e você se torna um gentleman ou uma lady. 

7) Histórias para contar pros netos

Quem nunca passou por situações exóticas, engraçadas e inusitadas em ônibus? Quem nunca pegou o ônibus errado e foi parar em uma boca de fumo? (eu já!) Quem nunca ia descendo do ônibus e só na escadinha disse: “eita, esqueci de pagar! Perae moço!” (eu já) Quem nunca já sentou ao lado de uma senhora que foi com sua cara e resolveu te aconselhar com muita sabedoria? (eu já…)."

link da publicação

Estratégia de Saúde da Família (ESF)


          Este é o nome do antigo Programa de Saúde da Família (PSF). Esta estratégia prioriza a organização da atenção básica de acordo com os preceitos do SUS, possibilitando assim a organização do sistema municipal de saúde, além de fortalecer a atenção através do acesso.

          A ESF conta como princípios a delimitação da clientela, territorialização, diagnóstico de saúde da população e planejamento baseado da realidade local. Como funciona: Primeiro será delimitado o território de atuação, depois esta área será mapeada. Feito o mapeamento, as famílias e indivíduos serão cadastrados, assim a análise da situação da saúde ali será facilitada. Por fim, de acordo com os dados obtidos serão programadas e executadas atividades de intervenção de acordo com os critérios de risco a saúde.

          O trabalho na ESF é realizado de forma interdisciplinar e totalmente integrada onde os profissionais trabalham juntos e todos os saberes são valorizados o que contribui para a criação de vínculos de confiança. Além do atendimento interdisciplinar, está estratégia conta ainda com a intersetorialidade, o que significa que o setor da saúde estará atuando em associação com outros projetos sociais, visando a promoção da saúde de acordo com as necessidades do indivíduo ou da família. Por fim a participação na dinâmica social é essencial, pois a ESF estará fortemente interligada a comunidade.

          Sabendo que a ESF conta com a interdisciplinaridade, é bem óbvio que é organizado em equipes. A equipe básica conta com Médico, Enfermeiro, Técnicos de Enfermagem, Cirurgião-Dentista, Técnico de Higiene Bucal e Agentes Comunitários. A quantidade de profissionais em casa Unidade de Saúde será diretamente proporcional a população do território. Máximo de 4.000 habitantes por equipe de acordo com a antiga portaria e 3.000 hab./equipe de acordo com a nova portaria.

Referências Bibliográficas:
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdfAcessado em 19 de fevereiro de 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

Dicionário Fundação Oswaldo Cruz. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/atesau.html Acessado em 18 de fevereiro de 2014.


STARFIELD, B. Atenção Primária: Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologias. Brasília: UNESCO/Ministério da Saúde, 2002.

SUS já vacinou mais de 50% da meta contra HPV em três semanas


Mais de 2,4 milhões de meninas já foram vacinadas contra o HPV em todo o País, nas três primeiras semanas da campanha, segundo balanço divulgado segunda-feira (31/03) pelo Ministério da Saúde. O número representa 58% da meta do MS, que é vacinar 80% do público-alvo, ou 4,1 milhões de meninas de 11 a 13 anos. A vacina utilizada no Brasil é segura e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considera positiva a cobertura nas primeiras semanas de implantação da vacina na rede pública. “Isso prova que a população está consciente sobre a importância desta vacina na proteção contra o câncer do colo do útero. Com a continuidade da mobilização nos estados, acredito que atingiremos a meta de vacinar 4,1 milhões de meninas", afirmou.

Os estados com maior adesão, até o momento, são: Santa Catarina com 85% (106 mil meninas vacinadas), São Paulo 80% (643 mil), Rio Grande do Sul 73% (151 mil), Espírito Santo 73% (53 mil) e Tocantins 73% (25 mil).

O Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia iniciada no dia 10 de março. A vacina também está disponível nos 36 mil postos da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda dose será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.

Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a vacina utilizada no Brasil é recomendada pela OMS e tem eficácia de 98% contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do vírus HPV. O Comitê Consultivo Mundial sobre Segurança das Vacinas, responsável por prestar assessoramento científico à OMS, atestou novamente a segurança da vacina contra o HPV, durante reunião realizada dia 12 de março.

Desde o lançamento da vacina contra o HPV, em 2006, mais de 170 milhões de doses foram aplicadas no mundo. Diversos estudos que monitoraram durante anos, milhares de pessoas vacinadas na Austrália, Europa e América do Norte, excluíram a ocorrência de eventos adversos graves ou permanentes.

Proteção - A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui o exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolaou, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê o surgimento de 15 mil novos casos em 2014 e cerca de 4,8 mil óbitos em decorrência da doença. 

Fonte: INCA (Portal da Saúde/MS)

Avaliação: Comprimento de Membros Inferiores

Medida Aparente
Para avaliar se há discrepância de membros inferiores temos duas medidas: A medida real e a medida aparente.
A medida real é feita com a fita métrica da EIAS ao maléolo medial do membro. Já a aparente é da cicatriz umbilical aos maléolos. Em qualquer uma das medidas o paciente deve está deitado em decúbito dorsal (preferida) ou em pé.
Medida Real
Mas não se engane, apesar do nome, a medida aparente é mais confiável que a medida real, visto que possui um ponto fixo, o que diminui, a margem de erro da medição.





"Felicidade é nada mais que boa saúde e memória ruim." 
Albert Schweitzer
"O segredo da saúde,mental e corporal,está em não se lamentar pelo passado,não se preocupar com o futuro,nem se adiantar aos problemas,mas,viver sabia e seriamente o presente."
Buda
"Em geral, nove décimos da nossa felicidade baseiam-se exclusivamente na saúde. Com ela, tudo se transforma em fonte de prazer."
Arthur Schopenhauer
"O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem."
Arthur Schopenhauer

Anamnese




A anamnese é uma das partes mais importante (senão a mais importante) de uma avaliação fisioterápica. Ela vem depois da identificação do paciente e antes do exame físico. A anamnese é composta por: Queixa Principal (QP), História da Doença Atual (HDA), Antecedentes Patológicos (AP), Antecedentes Familiares (AF) e Hábitos de Vida (HV). É aqui que vamos iniciar nossa investigação, buscando a causa da queixa e o diagnóstico cinético funcional, para assim, iniciarmos o nosso tratamento.

A queixa principal é o motivo que levou o paciente a te procurar. Ela deve ser posta, de forma sucinta e se possível, com as palavras do paciente.

Ex.: “Dor no ombro”; “Não consigo andar direito”; “Não levanto meu braço”.

*Obs.: Sabemos que nosso paciente é na maioria das vezes leigo quanto aos termos médicos. É bem raro que ele diga “Estou com dor na escápula”.  Se ele disser “dor na omoplata” ainda vai, agora se for “dor na pá” você pode corrigir, isto é, não precisa transcrever dessa forma, afinal nem todos sabem interpretar certos termos.

Na HDA, como o próprio nome já diz, você vai contar uma história. Por isso mesmo precisa ter princípio, meio e fim. Tem que ser bem escrita e ter sequencia lógica, devendo responder a estas perguntinhas: Onde, quando e como começou? (correlacionar com o local lesionado, pedindo pro paciente apontar onde é), o que fez? O que faz que melhora? O que faz que piora? Como está atualmente?

Exemplo:

Paciente V.S.D., 32 anos

Q.P.: Dor no tornozelo
HDA: Paciente relata que em 28 de janeiro de 2014 sofreu uma queda ao descer de uma escada, na qual torceu seu tornozelo direito (realizou uma inversão). No momento sentiu muita dor e não conseguia realizar descarga de peso no pé direito. Imediatamente colocou gelo sobre o local dolorido (região externa, abaixo do maléolo lateral) e permaneceu em repouso com o tornozelo elevado. Atualmente ainda sente dores, que piora ao realizar tentar apoiar o pé no chão e melhora com o repouso.

Os Antecedentes Patológicos referem-se a(s) doença(s) pregressa(s) que o paciente teve e que pode(m) estar relacionada(s) ao quadro atual. Lembre-se: deve está ligada a doença. Por exemplo, se o paciente teve catapora, nada tem a ver com o tornozelo torcido dele... Fiquem atentos! Ah, pode ainda ser uma patologia que possa influenciar no seu tratamento. Ex.: Pacientes com hipertensão sugerem maior atenção em atividades intensas.

Antecedentes Familiares: Aqui nós associamos alguma patologia que haja na família do nosso paciente com a patologia que ele apresenta.


Hábitos de Vida: Aqui investigamos se o nosso paciente é tabagista, etilista, sedentário, atletas, se faz uso de medicamentos (se sim, quais).




A anamnese deve ser bem conduzida e elabora pois ela nos guiará no exame físico, no diagnóstico e no plano de tratamento do nosso paciente. Ela é responsável por 85% dos diagnósticos, portanto, fiquem espertos!

Fisio e a Doença de Alzheimer


Sabia que nós fisios temos um importante papel no tratamento de pessoas com a Doença de Alzheimer? Mas antes, vamos saber um pouquinho sobre essa doença.

Alzheimer é um dos tipos mais comuns de demência, na qual ocorre a atrofia do córtex cerebral de forma progressiva, lenta (relativo) e difusa. Leva ao comprometimento negativo da função cognitiva do portador. 
Resumindo: é uma doença que afeta o cérebro. Ela leva a degeneração dos neurônios (que posteriormente morrem). Ah, o quadro piora com a exposição do paciente á pequenos estresses.

O Alzheimer afeta principalmente a galera da melhor idade (a partir dos 65 anos), sendo as mulheres mais acometidas (sempre nós u.u) e a expectativa de vida é de 5 a 10 anos. A causa continua desconhecida, mas há forte relação com a base genética, Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) e Síndrome de Down.

A doença possui 4 fases (fase inicial, fase intermediária, fase final e fase terminal). Essas fases são uma importante forma de classificar a evolução da doença Os sinais e sintomas variam de acordo com o a fase  em que a doença se encontra, vejamos alguns deles:
Na Fase Inicial: Perda de memória, confusão e desorientação; ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança;  dificuldades com as atividades da vida diária como alimentar-se e banhar-se;   alguma dificuldade com ações mais complexas como cozinhar, fazer compras, dirigir, telefonar. 
Na Fase Intermediária os sintomas da fase inicial se agravam e também pode ocorrer  dificuldade em reconhecer familiares e amigo; perder-se em ambientes conhecidos; alucinações, inapetência, perda de peso, incontinência urinária;   movimentos e fala repetitiva; dependência progressiva e início de dificuldades motoras.

Na Fase Final:  dependência total; imobilidade crescente; incontinência urinária e fecal;  tendência em assumir a posição fetal; mutismo; restrito a poltrona ou ao leito; infecções urinárias e respiratórias freqüentes; término da comunicação. 
Na Fase Terminal: agravamento dos sintomas da fase final; restrito ao leito; posição fetal; disfagia com a necessidade de alimentação enteral; infecções de repetição.
Já deu pra sentir que tem muito trabalho p'rá gente né?! Aliás não só para nós, mas também para médicos, psicólogos*, nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais*... Ou seja, é um tratamento multidisciplinar!

*atenção especial para as famílias e cuidadores pois não é fácil lidar com os lapsos de memória e mudanças de humor, por exemplo. É preciso ter muuuuuita paciência e uma série de cuidados).
O diagnóstico é feito a partir do exame clínico ("A clínica é soberana"), exame do estado mental, início entre 40 e 90 anos de idade, histórico familiar, Tomografia Cerebral com atrofia cerebral, testes neuropsicológicos, além é claro da presença de piora progressiva da memória e outras funções cognitivas.

O prognóstico para pessoas com a doença de Alzheimer é pregressivo e reservado. Ainda não existe cura.

Sim, e cadê a fisio?



O tratamento fisioterapêutico da doença de Alzheimer deverá enfatizar a prevenção de contraturas utilizando-se técnicas de alongamento, já quer as alterações motoras como alterações no tônus muscular e tendência a desenvolvimento de rigidez articular.
 Exercícios de fortalecimento, coordenação motora e equilíbrio também devem ser incluídos no programa de tratamento do paciente com Alzheimer, estes exercícios podem ser executados tanto em solo quanto em piscina. Outra técnica bastante bem vinda no tratamento é a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) com uso de iniciação rítmica e padrões bilaterais de movimento que ajuda na melhora da coordenação e do ritmo dos movimentos.


Vamos prevenir?
A prevenção é simples: mudança nos hábitos de vida. Exercícios físicos, alimentação e exercícios mentais são ótimos. Nos exercícios físicos vale dança, natação, caminhada... Já para exercitar a mente pode ser jogos de memória, caça-palavras, ler (livros, revistas, jornais, gibis... o importante é ler), fazer caminhos diferentes, aprender coisas novas. Isso tudo ajuda a manter a memória e o cérebro ativos.
Alimentos ricos em ácidos graxos tipo ômega 3 (presente nos peixes), além de evitar comidas gordurosas que levam ao aumento do colesterol e redução do HDL





     




Referências:
O'SULLIVAN, Susan B.; SCHIMITZ, Thomas J..Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 5.ed. Barueri: Manole, 2010.
Sociedade Brasileira de Neurociência: http://www.sbneurociencia.com.br/diegocastro/artigo1.htm
Doença de Alzheimer: http://www.doencadealzheimer.com.br/
Doutor Cérebro: http://www.doutorcerebro.com.br/portal/o-cerebro/11-alzheimer/32-preveniralzheimer

Primeiro Atendimento

Não faz muito tempo, foi no semestre passado, mas foi um passo tão importante que me recuso a esquecer. Ainda assim, percebo que alguns detalhes começam a fugir da memória por isso quero escrever aqui o que me lembro do meu primeiro atendimento.
Era o final de algum mês, setembro ou outubro não tenho certeza. Nas últimas semanas eu não pensava em outra coisa que não fossem os atendimentos. Morria de nervosismo só em pensar como eu seria na frente de um paciente real, com uma disfunção real a ser tratada. Não seria mais só o paciente "S.D.J, 30 anos" seria uma pessoa física, ali na minha frente, esperando algo de mim. 
Enfim chegou o dia, seria o dia mais tenso da semana: antes do atendimento teria uma prova (que foi muito confusa por sinal). Depois da prova eu me tremia toda rsrs. Cada um dos meus colegas demonstrava uma forma de nervosismo: uns agitados, outros falantes, outros com problemas intestinais... valia tudo! kkkkkkkk
E lá estávamos na clínica, devidamente vestidos com nossas melhores roupas brancas e jalecos. Não demorou e as fichas com os nomes dos pacientes começaram a chegar e a professora ia chamando nossos nomes aleatoriamente para receber nosso pacientes. Fui uma das últimas, não sabia o que me esperava. Era uma senhora que havia sofrido um AVE. Ali, diante daquela mulher, sorri e esqueci o nervosismo. Tentei torná-lá, em minha mente, uma parente e fazer por ela o mesmo que eu faria se fosse minha mãe ou minha avó: daria o melhor de mim. Eu havia esperado aquelo momento desde que escolhi cursar fisioterapia. Tudo fez sentido. Eu senti que estava onde devia estar, nada poderia ser melhor do que melhorar a vida de alguém com tudo aquilo que apendi. Após o atendimento eu estava sorrindo com a certeza que era isso mesmo que eu queria para minha vida, que não havia porque ter receio do meu atendimento. E no fim do período senti orgulho de mim e de minha dupla. Nossa paciente chegou de cadeira de rodas no primeiro dia e saiu andando com um pouco de ajuda de sua filha (que posteriormente foi substituída por uma bengala) no último atendimento. Fizemos um bom trabalho, melhoramos a vida de várias pessoas e isso realmente nos deu uma alegria sem preço! *-*

Sabendo ouvir, tendo atenção ao paciente, explicando claramente a patologia, o que leva a ela, o que você quer fazer e a importância disso para o tratamento, não tem como dá errado. E se você fizer essas coisas, será um bom fisioterapeuta, pode apostar!
Não esqueçam: vocês esperam pelo primeiro atendimento desde que entraram no curso. Estudem, se esforcem. Lembrem-se que lá na frente vocês estarão com um paciente real contando com você.

Alguém mais quer dividir seu primeiro atendimento? :)